Tudo fervilhava de formas diferentes à nossa volta, aquilo que sabia-mos antes de forma subversiva, era agora do conhecimento geral. As manifestações de solidariedade com o Chile, com os países africanos e outros, multiplicavam-se. E romanticamente isso fazia parte de nós mesmos, não estava-mos enquadrados partidariamente, pensar nos outros e agir em conformidade com as nossas limitações e consciência, era no fundo o que queríamos fazer tendo como experiência a nossas vidas adolescentes no fascismo. Apesar de tudo, começam a surgir os primeiros sinais de divisão na sociedade e consequentemente as decepções, mas soubemos resistir alimentando a nossa esperança num mundo melhor. Que maior subversão do que amarmo-nos e gerar o companheirismo e a camaradagem entre os que nos rodeavam.
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